1. O Começo
No instante em que os heróis esmagam a pedra sob os pés, a realidade se parte. O mundo ao redor se dissolve em vento e luz, até que a escuridão é substituída por uma câmara iluminada por cristais tênues e uma única figura:
A elfa de pele escura e longos cabelos brancos os observa, braços abertos como uma anfitriã de um baile silencioso.
“Meus convidados! Temia que escolhessem a outra opção… Rhydian, como você cresceu...”
Sua voz é cortês, mas carregada de sombras. Ela explica, sem meias palavras: os prisioneiros foram peões, dano colateral nos jogos cruéis de um grupo em busca de mais poder. Agora, têm uma chance de lutar de volta. Um nome ecoa:
Kaelis Ygrinn — um cartógrafo meio-elfo que vive em Malswaldberg. Segundo Nyx, ele será sequestrado antes da nevasca iminente, prevista para dois dias. Ela não sabe o motivo exato da escolha, mas sabe que um grupo já foi enviado, planejando usar a neblina branca como cobertura para o crime.
O pedido é claro: resgatem Kaelis antes que seja tarde. A única chance de segurança está em uma casa-segura montada nos arredores de Haulach, para onde devem levá-lo após o resgate. As rotas existentes, após a nevasca, limitarão as opções de fuga — e os sequestradores saberão disso.
Sob o Véu da Neve
Guiados pela urgência e um fio de propósito recém-descoberto, os heróis chegam a Malswaldberg, com o frio cortando seus passos. Seguem direto à taverna da Raposa Nevada, onde vozes sussurradas e moedas bem colocadas revelam o paradeiro de Kaelis: sua casa-cartografia fora visitada há pouco por estranhos.
Adentram o local e o acham parcialmente revirado. Mapas e documentos jogados ao chão, mas um deles — um mapa vivo — se move sozinho, como se respirasse. Anotações apressadas revelam o mistério: três mapas com comportamento similar foram descobertos. Dois estão ali. O terceiro está desaparecido.
Balduin, olhos atentos e pés leves, encontra rastros saindo pelos fundos. Sem tempo a perder, o grupo abandona a carroça, sela os cavalos e segue a trilha entre pinheiros e neve crescente.
Horas se passam.
E então, no horizonte manchado de branco, surge um acampamento — o último bastião antes da tempestade.