Ecos da Criação
A história mais acreditada quanto a criação de Orneu (e o sistema solar de que faz parte) começa com o surgimento de duas entidades, chamados de Originários, seres feitos de pura energia vinda de um sistema ou universo diferente.
Os Originários, ao chegarem ao seu destino na escuridão do espaço, se encarregarem da criação do sistema do que viria no futuro a ser chamado de Sistema Aakano. A energia das entidades, fluindo através do silêncio do vácuo, possuía caráter musical, com um Originário complementando e harmonizando com os poderes do outro. A partir da energia acumulada pelas harmonias, formou-se primeiramente o sol de Aakano, para que as próximas criações tenham por onde se guiar. Em seguida, mudando o ritmo de sua música, os seres poderosos criaram e descartaram diversos planetas, com os que descartaram, seja por não estarem ao gosto de seus criadores ou por serem criados com intenção de serem desativados, se tornando as luas dos 4 planetas de Aakano.
Em Orneu, o terceiro dos planetas, os Originários, já entediados com suas outras criações que com pouco tempo consideravam antiquadas, decidiram experimentar com novos ritmos e melodias, dando origem aos primeiros sinais de vida do planeta.
Contudo, para seres que tempo é apenas uma sugestão e perigo é um conceito inexistente, as constantes suplicas das criaturas de Orneu por ajuda contra as dificuldades do planeta criado sem intenção de habitação rapidamente se tornaram cansativas. Assim, mais uma vez tocaram seus instrumentos espectrais para criar 30 seres elevados, que pudessem guiar e até mesmo conceder habilidades as criaturas de Orneu, formando o Panteão do sistema de Aakano.
Resolvidas, ou ao menos silenciadas, as suplicas um dos Originários voltou ao seu tédio, determinando-se a buscar um novo espaço onde pudessem continuar a sua criação. Mas seu parceiro ainda não estava satisfeito com o que haviam criado em Aakano, decidido a continuar sua obra. O debate rapidamente se tornou um combate musical, com sons estridentes sendo respondidas por melodias sem ritmos compreensíveis. Os deuses do sistema, determinados em seu propósito de proteger as criaturas para quem foram criados, se juntaram para impedir que o combate dos Originários chegasse até seu planeta, no que para os habitantes de Orneu foi um show de luzes no céu que durou séculos, mas que para os seres que combatiam, acabou em segundos.
Os deuses, unidos por propósito comum contra seus criadores, se desfizeram da energia que os permitia manter uma forma material, mirando a união dessa energia nos Originários. Mesmo para entidades extra-planares, ter tanto poder arcano concentrado contra si mesmo foi demais. Os Originários se dispersaram pelo sistema, existindo somente nos ecos da música que uma vez tocaram. Dentro desses ecos, um novo plano passou a habitar, recebendo o nome de Feywild. Dos sons horroros do combate dos Originários, surgiram o que o povo de Orneu viria a chama de Infestos, 9 criaturas que assim como os deuses buscavam guiar e conceder poderes às criaturas do planeta, não para o bem delas, mas para que crescessem o próprio poder.
Com o seu ato de mártir de despedir de suas formas materiais, o Panteão havia protegido o povo de Orneu, mas também havia os fadado a forjar o seu própria caminho, sem seus guardiões os guiando lado-a-lado. Mas os Ecos da Criação dos Originários e o poder do Panteão ainda estava entrelaçado por todo Orneu.